O Sinus
Centro tem parceria com os desenvolvedores do
Visible Ear Simulator. Esta parceria possibilitou a
disponibilização do programa "Visible Ear
Simulator" para baixar aqui nesta página.
Na medicina a tecnologia de modelos reais e simuladores virtuais já é utilizada em várias áreas, destacando-se dentre elas, a anestesiologia, que há muito utiliza modelos para simulações e treinamento de procedimentos como intubação oro-traqueal, raquianestesias, além de simuladores virtuais para treinamento de residentes na realização de procedimentos anestésicos.
Figura:
treinamento virtual de dissecação do osso
temporal.
Modelos
de simuladores de procedimentos médicos em outras especialidades também têm sido desenvolvidos e utilizados recentemente para ensino e reciclagem de médicos
e este processo ganhou grande impulso a partir de 1999 quando o Instituto Americano de Medicina divulgou trabalho entitulado:
“To Err is Human: Building a Safer Health
System”. Este estudo trouxe estimativas alarmantes sobre o sistema de saúde americano, em particular sobre os erros médicos. Pela primeira vez um trabalho mostrava que aproximadamente entre 44 e 98 mil pacientes morriam por ano nos Estados Unidos da América por conta de supostos erros causados por médicos.
Após a divulgação deste artigo a comunidade médica americana tentou instituir mecanismos para diminuição dos erros médicos, melhora no cuidado e satisfação dos pacientes. Como sugestões, as sociedades médicas daquele país recomendaram treinamento mais intenso de estudantes de medicina, médicos residentes e médicos em atividade para constante reciclagem em simuladores, algo como acontece em outros campos profissionais como aviação civil e forças armadas, em que a simulação é primordial para o treinamento e segurança
de procedimentos.
Estudos
na literatura afirmam que médicos que realizam treinamentos em simuladores clínicos ou cirúrgicos podem fornecer dados objetivos de performance, seguindo o próprio progresso na curva de aprendizado. Também pode se amplificar a experiência de treinamento em números absolutos, diversidade e complexidade de casos, visto que tanto modelos reais quanto simuladores virtuais podem ser desenvolvidos para praticamente qualquer condição e doença, podendo o médico repetir o mesmo procedimento várias vezes, em programas virtuais, sem nenhum risco para o
profissional ou paciente virtual.
Figura: modelo para ensino
de otoscopia.
Modelos
reais de simulação, cirúrgicos ou clínicos, também estão
sendo desenvolvidos, inclusive em nosso país,
baseados em imagens anatômicas de pacientes reais, tomografias computadorizadas e ressonância magnética. Estes modelos, como são baseados em pacientes reais, podem antecipar os procedimentos a serem realizados nestes pacientes, minimizando riscos e complicações que possam
ocorrer.
Na grande maioria dos centros brasileiros, o treinamento de médicos residentes em Otorrinolaringologia inclui aulas teóricas, acompanhamento de pacientes em ambulatório, sessão de vídeos de procedimentos cirúrgicos, dissecação em cadáveres frescos, observação direta de cirurgias e realização de procedimentos e cirurgias sob supervisão em hospitais de
treinamento.
Habitualmente são necessários longos períodos de treinamento na formação de profissionais capacitados e, infelizmente, em alguns locais este processo tem sido prejudicado, devido ao número restrito de pacientes, procedimentos cirúrgicos realizados e à difícil obtenção de peças anatômicas para dissecação em nosso país.
Por
conta destes problemas, também enfrentados em alguns outros países, vários autores acreditam que o futuro da formação médica, principalmente nas áreas cirúrgicas irá incluir a utilização de simuladores, reais ou virtuais, na aquisição, manutenção e avaliação de habilidades e
conhecimento.
Figura: computador com
simulador "Visible Ear Simulator"
O
"Visible Ear Simulador" é um
programa de computador gratuito, desenvolvido na
Europa e que pode ser baixado nesta página. Ele foi
desenvolvido para o treinamento de médicos
Otorrinolaringologistas na dissecação tradicional
do osso temporal. Seus autores, o médico Mads
Sorensen, o programador Peter Trier e Dargur
Balisager acreditam que o treinamento em simuladores
pode vir a melhorar a performance de médicos
durante cirurgias reais.
Este
simulador pode ser instalado em computadores que
têm a plataforma Windows™, entretanto necessita
de um poderoso equipamento, principalmente de uma
placa gráfica com no mínimo 256 Mb (ATI ou
Geforce) para o uso adequado.
O
ideal também é a utilização de instrumento com capacidade de sensação de
força (Force Feedback). Há vários instrumentos disponíveis, mas nosso
centro possui e recomendamos o uso do Phantom Omni (foto).
Caso tenha
interesse em participar ou elaborar algum trabalho científico com o uso deste
simulador, favor entrar em contato: joaoflavioce@hotmail.com
Confira
um vídeo da dissecação realizada no programa
"Visible Ear Simulator".
Também
acesse a página dos criadores do "Visible Ear Simulator. Clique
aqui.
Sinus
Centro - Otorrinolaringologia - Doenças do ouvido, nariz,
garganta e base do crânio - Cirurgia estética facial